quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Multiplus vai fazer oferta inicial de ações

Mudou o mercado ou mudei eu? Em 2002, eu saí da Datamidia,FCBi para ajudar a Varig a montar um business plan para o "spin-off" do Smiles. Fizemos o dever de casa e colocamos de pé uma empresa de 300 milhões de dólares, com investidores e tudo. Aí, a Fundação (afundação?) Rubem Berta cuidou de derrubá-la. Pela nossa cabeça, então, nem pela dos consultores da Deloitte, que nos assessoravam, passou transformar o empreendimento em uma empresa de capital aberto. Eis que agora a Multiplus mal sai das fraldas e já pula para a Bolsa. Outros tempos, outras visões, outros desafios - e outros perigos! Se um dos meus dois leitores é investidor, vale a pena ler a matéria abaixo, publicada no portal InfoMoney e republicado no blog Na Alta ou Na Baixa:

Antes de entrar na oferta da Multiplus saiba quais são os riscos envolvendo a empresa
Equipe InfoMoney:

“Investir em ações envolve uma série de riscos”. Este alerta consta no prospecto da oferta primária da Multiplus, que deverá ocorrer em fevereiro deste ano, e, certamente, deve ser acatado por todos aqueles que pensam em participar da operação. Quais serão os principais riscos envolvendo a companhia?

“Nosso principal custo operacional é a aquisição de produtos, particularmente passagens aéreas, para a entrega de prêmios aos participantes” revela a empresa. Segundo ela, diversos riscos de seu negócios decorrem exatamente destas compras.

Custos
O resultado das operações da companhia depende do número de pontos vencidos e não resgatados pelos participantes, conhecido como breakage. Este percentual é calculado de acordo com dados históricos e, caso não se mantenha nos níveis das estimativas, irá prejudicar o balanço da Multiplus.

Além disso, a empresa ressalta que não pode garantir que será capaz de repassar aos seus parceiros comerciais um eventual aumento de custos como resultado de um aumento no volume pontos resgatados.

“Se os custos de resgate em um dado exercício social excederem nossas disponibilidades de caixa, podemos não ter caixa disponível suficiente para cobrir todos os custos com resgate desse ou de exercícios sociais futuros, o que poderia causar um efeito adverso para nós” relata a companhia.

Setor
Outro perigo que o investidor deverá enfrentar é o atual estado de desenvolvimento do setor de redes e programas de fidelização no Brasil. Apesar de apresentar boas oportunidades em países europeus e nos EUA, por aqui o segmento ainda é incipiente e não existem garantias de que ele irá se desenvolver de forma similar a vista lá fora.

Por outro lado, caso os programas de fidelização se provem um negócio lucrativono país, a perspectiva de acirramento da concorrência no setor deverá penalizar os investidores. Como a própria Multiplus ressalta “não podemos garantir que o setor de redes e programas de fidelização de clientes no Brasil irá se desenvolver da forma prevista ou que o esperado aumento de competição não irá resultar em um efeito adverso para nós”.

Câmbio
Outro ponto de incerteza para o balanço da companhia, é a relação do real e seu pares internacionais, principalmente o dólar. Enquanto a maioria dos custos incorridos são denominados na moeda brasileira, a maioria das taxas recebidas pela empresa dos contratos fixados com seus parceiros comerciais é fixada na divisa norte-americana.

“As receitas provenientes de tais taxas são reduzidas quando convertidas em reais nos períodos nos quais o real sofre valorização frente ao dólar” revela a Multiplus.

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