Acabei de receber o comunicado abaixo, enviado pela administração do Smiles
"Estamos trabalhando nos últimos detalhes da integração entre o Smiles e a American Airlines. A partir de 11 de novembro*, os Participantes Smiles poderão trocar suas milhas por bilhetes em voos operados pela American Airlines, American Eagle ou American Connection.
Desde 1º de agosto, participantes voando American Airlines, American Eagle e American Connection já acumulam milhas no Programa Smiles.
Atenciosamente,
Programa Smiles"
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Dunkin’ Donuts diz que mais recompensa é igual a mais fidelidade
Colloquy:
A rede "Dunkin’ Donuts está testando nos EUA como um novo programa de fidelidade pode gerar vendas incrementais, relata o site qsrweb.com. "O programa Earn Save Score, testado em oito mercados do nordeste dos EUA, premia os consumidores que fazem compras usando cartões DD Perks. O teste começou na maioria desses oito mercados em junho e o prêmio é café grátis. Os consumidores adicionam dinheiro em seus cartões e aqueles que gastam entre US$25 to US$49 ganham um café grátis e um donut. Quem gasta mais de US$50 recebe um cupom no valor de US$4 para usar como desconto em qualquer compra."
"Dave Tryder, director of interactive and relationship marketing da Dunkin’ Brands, disse que a resposta dos consumidores ao programa tem sido positivo e em alguns mercados excedem as expectativas. Está gerando negócios incrementais para nós”, disse Tryder. "Está se provando efetivo com os consumidores participantes.”
A rede "Dunkin’ Donuts está testando nos EUA como um novo programa de fidelidade pode gerar vendas incrementais, relata o site qsrweb.com. "O programa Earn Save Score, testado em oito mercados do nordeste dos EUA, premia os consumidores que fazem compras usando cartões DD Perks. O teste começou na maioria desses oito mercados em junho e o prêmio é café grátis. Os consumidores adicionam dinheiro em seus cartões e aqueles que gastam entre US$25 to US$49 ganham um café grátis e um donut. Quem gasta mais de US$50 recebe um cupom no valor de US$4 para usar como desconto em qualquer compra."
"Dave Tryder, director of interactive and relationship marketing da Dunkin’ Brands, disse que a resposta dos consumidores ao programa tem sido positivo e em alguns mercados excedem as expectativas. Está gerando negócios incrementais para nós”, disse Tryder. "Está se provando efetivo com os consumidores participantes.”
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Comentário sobre o extrato do Programa Pão de Açúcar
Ao contrário do Smiles e seu newsletter Viva Smiles, o Pão de Açúcar optou por um formato operacional: está lá na caixa de entrada, "Confira seu extrato de pontos mês a mês".
Mas aproveita para apresentar as 'causas' que patrocina. Inclusive com as marcas, os sinais de 'somar a qualidade de vida', de 'dividir com a comunidade' e de 'multiplicar a consciência no consumo'. É uma boa maneira de oferecer relevância quando não se tem um 'behavior bank', isto é, um banco de dados que utilize a informação sobre o comportamento do consumidor.
Simples e efetivo. Gostei.
Mas aproveita para apresentar as 'causas' que patrocina. Inclusive com as marcas, os sinais de 'somar a qualidade de vida', de 'dividir com a comunidade' e de 'multiplicar a consciência no consumo'. É uma boa maneira de oferecer relevância quando não se tem um 'behavior bank', isto é, um banco de dados que utilize a informação sobre o comportamento do consumidor.
Simples e efetivo. Gostei.
Walmart e Ipiranga juntam-se ao Multiplus Fidelidade
A Ipiranga e o Walmart, através de seus programas de fidelidade e de afiliação— respectivamente,Km de Vantagens e Bomclube,—são os primeiros parceiros do Multiplus Fidelidade, a rede de fidelidade da TAM. Agora, além de vôos e pacotes de viagem da TAM Viagens, os consumidores podem acumular pontos ao comprar produtos e serviços nos postos Ipirange e nas lojas do grupo Walmart. E podem resgatar os pontos nesses mesmos pontos.
O programa Km de Vantagens da Ipiranga, tem mais de 1,5 milhões de participantes e opera em todo Brasil. Os participantes acumulam kilômetros nas compras de gasolina, lubrificantes e outros produtos e serviços vendidos nos postos de bandeiras Ipiranga e Texaco, nas redes de lojas am/pm e Jetoil e nos websites ipirangashop.com e kmdevantagens.com.
Bomclube é o clube de vantagens da Walmart Brasil que premia os participantes através de pontos acumulados por compras em suas lojas. O programa tem 4,3 milhões de participantes.
Fonte: TAM
O programa Km de Vantagens da Ipiranga, tem mais de 1,5 milhões de participantes e opera em todo Brasil. Os participantes acumulam kilômetros nas compras de gasolina, lubrificantes e outros produtos e serviços vendidos nos postos de bandeiras Ipiranga e Texaco, nas redes de lojas am/pm e Jetoil e nos websites ipirangashop.com e kmdevantagens.com.
Bomclube é o clube de vantagens da Walmart Brasil que premia os participantes através de pontos acumulados por compras em suas lojas. O programa tem 4,3 milhões de participantes.
Fonte: TAM
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Newsletter do Smiles - cadê a relevância?
Acabou de chegar na minha caixa de entrada. Com todo respeito ao pessoal que está lá agora, tocando firme esse filho querido (vocês sabem, não sabem, que eu participei da criação do programa e sou o 'pai' da marca Smiles?), com exceção das informações operacionais (saldo, milhas a expirar no próximo mês...), nada lá me anima a continuar abrindo as mensagens. Cadê a relevância? Na época em que eu tocava o newsletter do programa (na época, chamava-se Smiles No Ar, hoje é Viva Smiles), me matava para achar algum assunto que gerasse algum envolvimento. Os jogos da seleção, por exemplo. Eu buscava ligar o local onde a seleção ia jogar com uma promoção. Ou aproveitava a estação e dava dicas de destinos. Coisas assim, simples, mas com um toque de emoção. E funcionava. E funciona, como provam as taxas de leituras dos newsletters que toco hoje. O que vocês acham?
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Indo contra o vento: estratégias de marketing vencedoras em tempo de recessão
Estou traduzindo um material que recebi da Mall Networks e irei publicando aqui. Quem quiser o original, pode solicitar, postando um comentário. Segue o Sumário Executivo do 'white paper':
Sumário Executivo
Tanto os consumidores como os profissionais de marketing têm sido profundamente impactados pela recessão atual. Os consumidores tornaram-se muito mais conscientes em seus comportamentos de compra e esperam mais de seus relacionamentos com as marcas.
Os profissionais, enquanto isso, estão sendo solicitados a fazer o mesmo ou mais, com menos. Como resultado, para sobreviver e prosperar nesse novo cenário, eles estão chegando a um grande consenso em torno dessas cinco melhores práticas:
Focando em retenção e fidelidade;
Investindo em marketing apenas onde é mensurável;
Mudando os investimentos para a ponta da compra no funil de marketing;
Alavancando parcerias para expandir a proposta de valor de uma forma efetiva em termos de custo; e
Empregando mensagens que exploram a recessão.
Os programas de recompensa de varejistas são idealmente mais adequados para atender as necessidades do consumidor de hoje, focado em desconto, e na alavancar todas essas melhores práticas.
Sumário Executivo
Tanto os consumidores como os profissionais de marketing têm sido profundamente impactados pela recessão atual. Os consumidores tornaram-se muito mais conscientes em seus comportamentos de compra e esperam mais de seus relacionamentos com as marcas.
Os profissionais, enquanto isso, estão sendo solicitados a fazer o mesmo ou mais, com menos. Como resultado, para sobreviver e prosperar nesse novo cenário, eles estão chegando a um grande consenso em torno dessas cinco melhores práticas:
Focando em retenção e fidelidade;
Investindo em marketing apenas onde é mensurável;
Mudando os investimentos para a ponta da compra no funil de marketing;
Alavancando parcerias para expandir a proposta de valor de uma forma efetiva em termos de custo; e
Empregando mensagens que exploram a recessão.
Os programas de recompensa de varejistas são idealmente mais adequados para atender as necessidades do consumidor de hoje, focado em desconto, e na alavancar todas essas melhores práticas.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Email marketing: 10 Regras de Ouro para impulsionar sua capacidade de entrega e a reputação de sua empresa
Neste final de semana, como se diz por aí, descansei carregando pedra. E traduzi um material que peguei da Lyris, um provedor de email marketing services, muito bom. Vou colocar abaixo a introdução do material. Quem quiser receber o arquivo inteiro (incluí, como bônus, o código de autorregulamentação de email marketing no Brasil), é só acrescentar um comentário.
"As empresas hoje gastam milhões de dólares para ganhar aconfiança de seus consumidores. E por que investem tanto? Colocado de maneira simples, porque, se os seus consumidores não têm uma confiança básica em seu negócio, você não os mantém por muito tempo.
A confiança é desenvolvida através de uma combinação de reputação e experiência direta. A reputação geral de sua empresa é construída cuidadosamente pelo uso de vários canais: sua equipe de vendas, a qualidade de seus produtos e serviços, sua central de atendimento, sua equipe de marketing e, o mais importante de tudo, seus consumidores. E agora, com o influxo de mídias sociais, esses consumidores ganharam significativamente mais poder para afetar a reputação online de sua empresa. Através de redes de relacionamento, blogs e outros conteúdos gerados pelo usuário, os consumidores podem compartilhar informações e opiniões sobre sua empresa na velocidade da luz. Nesta era da mídia social, é mais crítico do que nunca para uma empresa gerenciar proativamente sua reputação online.
Mas como o email e a taxa de entrega se encaixam em toda essa conversa de reputação e confiança? Bem, da mesma forma como a reputação em geral afeta a confiança em uma empresa, a reputação online afeta a confiança do cliente atual ou potencial em negócios por email.
O papel dos profissionais de email marketing na construção (ou na degradação) da reputação online de uma empresa é muito importante. A reputação online de uma empresa afeta significativamente a capacidade de entrega de emails. E a capacidade de entrega de emails afeta o ROI.
Construir e manter a reputação online de sua empresa requer um compromisso em seguir as melhores práticas de email marketing, incluindo as melhores práticas para a entrega de emails. Essas melhores práticas de entrega deveriam ser usadas todas as vezes que você lança uma campanha.
As melhores práticas de entrega mudam com o tempo e podem ser complexas. Assim, para ajudar você a se manter atualizado e executar campanhas de email com altas taxas de entrega, compilamos uma lista das 10 regras de ouro que você pode seguir para aperfeiçoar a sua taxa de entrega. Mantenha em mente que negligenciar qualquer uma delas pode afetar o ROI do seu programa de email, danificar sua reputação online e afetar a confiança do consumidor em sua organização.
Nesse guia, cobriremos:
• A definição de reputação e por que isso é importante
• O custo de uma reputação online pobre
• 10 regras de outro para ajudar a impulsionar a capacidade de entrega de seus emails"
"As empresas hoje gastam milhões de dólares para ganhar aconfiança de seus consumidores. E por que investem tanto? Colocado de maneira simples, porque, se os seus consumidores não têm uma confiança básica em seu negócio, você não os mantém por muito tempo.
A confiança é desenvolvida através de uma combinação de reputação e experiência direta. A reputação geral de sua empresa é construída cuidadosamente pelo uso de vários canais: sua equipe de vendas, a qualidade de seus produtos e serviços, sua central de atendimento, sua equipe de marketing e, o mais importante de tudo, seus consumidores. E agora, com o influxo de mídias sociais, esses consumidores ganharam significativamente mais poder para afetar a reputação online de sua empresa. Através de redes de relacionamento, blogs e outros conteúdos gerados pelo usuário, os consumidores podem compartilhar informações e opiniões sobre sua empresa na velocidade da luz. Nesta era da mídia social, é mais crítico do que nunca para uma empresa gerenciar proativamente sua reputação online.
Mas como o email e a taxa de entrega se encaixam em toda essa conversa de reputação e confiança? Bem, da mesma forma como a reputação em geral afeta a confiança em uma empresa, a reputação online afeta a confiança do cliente atual ou potencial em negócios por email.
O papel dos profissionais de email marketing na construção (ou na degradação) da reputação online de uma empresa é muito importante. A reputação online de uma empresa afeta significativamente a capacidade de entrega de emails. E a capacidade de entrega de emails afeta o ROI.
Construir e manter a reputação online de sua empresa requer um compromisso em seguir as melhores práticas de email marketing, incluindo as melhores práticas para a entrega de emails. Essas melhores práticas de entrega deveriam ser usadas todas as vezes que você lança uma campanha.
As melhores práticas de entrega mudam com o tempo e podem ser complexas. Assim, para ajudar você a se manter atualizado e executar campanhas de email com altas taxas de entrega, compilamos uma lista das 10 regras de ouro que você pode seguir para aperfeiçoar a sua taxa de entrega. Mantenha em mente que negligenciar qualquer uma delas pode afetar o ROI do seu programa de email, danificar sua reputação online e afetar a confiança do consumidor em sua organização.
Nesse guia, cobriremos:
• A definição de reputação e por que isso é importante
• O custo de uma reputação online pobre
• 10 regras de outro para ajudar a impulsionar a capacidade de entrega de seus emails"
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
A grande riqueza de um jornal está fora das redações
(o texto abaixo foi escrito pelo jornalista Carlos Castilho e publicado no www.observatoriodaimprensa.com.br. Achei que tem muito a ver com fidelidade do leitor e portanto do consumidor. Vale a pena leitura
Esta é uma idéia que está provocando muita polêmica entre os responsáveis por algumas das publicações mais respeitáveis na imprensa mundial, desde que o jornal The Washington Post resolveu apostar a sua sobrevivência, como empresa, na valorização dos leitores.
Enquanto a maioria dos jornais encara a questão dos comentários de leitores como uma dor de cabeça permanente, o Post decidiu transformar a participação do público no seu objetivo estratégico na guerra por audiência no disputadíssimo mercado de oferta de informações na internet.
O novo modelo de publicação de comentários de leitores na página Web do jornal é inédito na internet, custou vários milhares de dólares e cria um padrão novo em matéria de relacionamento entre jornalistas e o público.
As duas principais novidades são a visualização fácil da relevância relativa de cada comentário em função das referencias recebidas de outros comentarias; e a preocupação em incentivar o relacionamento entre leitores, mais do que entre estes e a redação.
Os quadrados maiores são dos textos mais comentados e citados por leitores. Os quadros mais próximos do centro pertencem a temas mais lidos, mas não necessariamente os mais comentados.
A organização visual constitui um enorme avanço em relação ao sistema usual onde as participações de leitores são publicadas em ordem cronológica e sem uma segmentação por tema. Isto confunde e cria obstáculos para quem deseja saber quem está discutindo o quê e com quem, na área de comentários.
A horizontalização do debate entre os leitores rompe a tradição de que o autor do texto é o centro e a referência na troca de informações. Na verdade esta centralização já é ignorada pelos comentaristas quando o debate se intensifica. Aqui no Código e noutros blogs do Observatório isto já é comum.
Analisada em perspectiva, esta tendência mostra que os autores de textos ou responsáveis por blogs deixarão de ter o controle sobre seus espaços informativos para se transformarem em provocadores e mediadores. Eles alimentam a agenda publica de debates mas depois se tornam espectadores da discussão.
Embora ainda seja cedo para dizer se o novo sistema do The Washington Post dará certo, não há muitas dúvidas sobre as vantagens que ele oferece e sobre o seu potencial para atrair novos leitores, o que inevitavelmente levará outros jornais a imitá-lo. Mas a opção estratégica do Post tem implicações ainda mais amplas.
Ela fortalece os indícios de que o jornalismo está começando a preocupar-se mais com o público comum do que com especialistas e personalidades do mundo político, diplomático e empresarial. Durante mais de cem anos, a grande imprensa mundial dedicou uma atenção quase exclusiva ao poder enquanto o leitor era visto como um mero consumidor passivo das informações que os especialistas e dirigentes acham relevante.
A relação com os leitores ganhou importância depois que a internet quebrou o monopólio da imprensa na produção e distribuição de notícias, criando uma forte concorrência entre os diversos provedores de informações.
Isto obrigou a imprensa a prestar mais atenção a um fenômeno que os estudiosos da comunicação vinham alertando há tempos: O fortalecimento da preocupação relacional no desenvolvimento do jornalismo depois de décadas de hegemonia absoluta da ideologia institucionalista na imprensa. Relacional e institucional são dois jargões acadêmicos para expressar duas preocupações diferentes: a relação com o publico e o culto da instituição
O institucionalismo ganhou importância a partir do século XIX com o sociólogo alemão Max Weber, que estudou a forma como as instituições (empresas, governo e associações) influenciam e até determinam o comportamento de funcionários e do próprio publico. No caso da imprensa, isto desembocou na teoria do quarto poder, que consolidou a tendência dos jornais a abandonar a função de prestador de serviços de interesse público para concentrar suas atenções no jogo do poder.
Esta é uma idéia que está provocando muita polêmica entre os responsáveis por algumas das publicações mais respeitáveis na imprensa mundial, desde que o jornal The Washington Post resolveu apostar a sua sobrevivência, como empresa, na valorização dos leitores.
Enquanto a maioria dos jornais encara a questão dos comentários de leitores como uma dor de cabeça permanente, o Post decidiu transformar a participação do público no seu objetivo estratégico na guerra por audiência no disputadíssimo mercado de oferta de informações na internet.
O novo modelo de publicação de comentários de leitores na página Web do jornal é inédito na internet, custou vários milhares de dólares e cria um padrão novo em matéria de relacionamento entre jornalistas e o público.
As duas principais novidades são a visualização fácil da relevância relativa de cada comentário em função das referencias recebidas de outros comentarias; e a preocupação em incentivar o relacionamento entre leitores, mais do que entre estes e a redação.
Os quadrados maiores são dos textos mais comentados e citados por leitores. Os quadros mais próximos do centro pertencem a temas mais lidos, mas não necessariamente os mais comentados.
A organização visual constitui um enorme avanço em relação ao sistema usual onde as participações de leitores são publicadas em ordem cronológica e sem uma segmentação por tema. Isto confunde e cria obstáculos para quem deseja saber quem está discutindo o quê e com quem, na área de comentários.
A horizontalização do debate entre os leitores rompe a tradição de que o autor do texto é o centro e a referência na troca de informações. Na verdade esta centralização já é ignorada pelos comentaristas quando o debate se intensifica. Aqui no Código e noutros blogs do Observatório isto já é comum.
Analisada em perspectiva, esta tendência mostra que os autores de textos ou responsáveis por blogs deixarão de ter o controle sobre seus espaços informativos para se transformarem em provocadores e mediadores. Eles alimentam a agenda publica de debates mas depois se tornam espectadores da discussão.
Embora ainda seja cedo para dizer se o novo sistema do The Washington Post dará certo, não há muitas dúvidas sobre as vantagens que ele oferece e sobre o seu potencial para atrair novos leitores, o que inevitavelmente levará outros jornais a imitá-lo. Mas a opção estratégica do Post tem implicações ainda mais amplas.
Ela fortalece os indícios de que o jornalismo está começando a preocupar-se mais com o público comum do que com especialistas e personalidades do mundo político, diplomático e empresarial. Durante mais de cem anos, a grande imprensa mundial dedicou uma atenção quase exclusiva ao poder enquanto o leitor era visto como um mero consumidor passivo das informações que os especialistas e dirigentes acham relevante.
A relação com os leitores ganhou importância depois que a internet quebrou o monopólio da imprensa na produção e distribuição de notícias, criando uma forte concorrência entre os diversos provedores de informações.
Isto obrigou a imprensa a prestar mais atenção a um fenômeno que os estudiosos da comunicação vinham alertando há tempos: O fortalecimento da preocupação relacional no desenvolvimento do jornalismo depois de décadas de hegemonia absoluta da ideologia institucionalista na imprensa. Relacional e institucional são dois jargões acadêmicos para expressar duas preocupações diferentes: a relação com o publico e o culto da instituição
O institucionalismo ganhou importância a partir do século XIX com o sociólogo alemão Max Weber, que estudou a forma como as instituições (empresas, governo e associações) influenciam e até determinam o comportamento de funcionários e do próprio publico. No caso da imprensa, isto desembocou na teoria do quarto poder, que consolidou a tendência dos jornais a abandonar a função de prestador de serviços de interesse público para concentrar suas atenções no jogo do poder.
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