Acabei de ler a notícia no Blue Bus: a AOL planeja contratar centenas de jornalistas, editores e cinegrafistas. Também pretende aumentar o número de freelancers, que hoje já sao 40 mil.
Posso estar enganado, mas a notícia tem aquele gostinho de que a empresa não aprendeu nada com os tombos dos últimos anos. Para começar, por que querer se tornar a maior e não a melhor? Há uma diferença, e significativa. A AOL já quis ser maior do que a própria Internet. Literalmente. Ela se anunciava como "easy internet" e você não tinha acesso total às propriedades do provedor caso usasse a internet "normal". Ou era assinante da America On Line, ou se funhanhasse, como diria a Dilma.
E a postura, a arrogância? Nunca vou esquecer de uma visita que fiz ao escritório brasileiro da AOL. Meu crachá não era pequeno, eu representava o Smiles e fui acompanhado do gerente de Internet de toda a Varig. Nossa proposta era hospedar nossos portais lá na AOL. Um esquema claramente ganha-ganha: a Varig deixava de gastar um bom dinheiro mensal com hospedagem, banda, manutenção, etc., e a AOL ganhava um tráfego enorme e qualificado. Detalhe: eles estavam começando aqui no Brasil e o tráfego total deles era uma fração do que oferecíamos. O americano nos ouviu com ar enfastiado, disse não e falou que, teriam o maior prazer em nos ter como clientes, desde que pagássemos tudo o que eles ofereceriam para nós. Sequer aventou a hipótese de um desconto, era tabela pura.
Por essa e outras é que tenho minhas sinceras dúvidas. Quando eles falam que querem ser a maior parece-me que continuam a assumir aquela mesma postura com que me receberam no final dos anos 90. Se quisessem ser a melhor, a postura seria certamente mais flexível - mais saudável.
Veremos, como diria o cego.
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