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Para os jovens brasileiros da classe A a internet significa autoexpressao e entretenimento. Para os da classe C, tem o significado de crescimento pessoal, de um passaporte para ampliar a inserçao na sociedade. Essa diferença de vivência é uma das conclusoes de uma pesquisa realizada em todo o país com jovens de 16 a 18 anos das duas classes sociais. O estudo foi feito pela Informa a pedido da agência carioca Binder/FC+M e foi tema de matéria hoje na revista O Globo. Indica aproximaçoes e afastamentos nos hábitos desses dois grupos na sua relaçao com a rede.
Basicamente, a pesquisa mostra que a diferença de classe social influencia no acesso à internet - 86% dos jovens da classe A acessam de casa, enquanto que na classe C o numero cai para 67%; por outro lado, os jovens de menor poder aquisitivo utilizam mais os locais de acesso pago, como as lan houses (24%), contra somente 11% da classe A. Também há diferenças na frequência do acesso - 72% dos jovens da classe A usam a rede diariamente; os da classe C que fazem isso somam 60%.
Uma vez online, as diferenças praticamente desaparecem - 63% dos jovens visitam o Orkut, isso nas duas classes e 76% trocam mensagens via MSN, indice que também vale para os dois grupos. Por outro lado, os jovens da classe A lêem mais na rede (21%) do que os da classe C (14%) - o indice dos que raramente lêem na web é alto nos dois grupos (34% na classe A e 45% na C).
Regionalmente, há diferenças, por exemplo, na leitura de blogs (15% dos jovens do Sudeste fazem isso, contra 4% no Norte, 8% no Sul e 10% no Nordeste e também no Centro Oeste). Os jovens do Sudeste (84%) sao os que mais acreditam que conversar com amigos é mais importante do que outras coisas na internet (indice mais baixo, nesse caso, é de 56% na regiao Sul).
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